quarta-feira, 3 de novembro de 2010

SÓ QUEM É NORDESTINO ENTENDE

Botão é pitôco
Se é miúdo é pixototinho
Se é resto é cotôco
Tudo que é bom é massa
Tudo que é ruim é peba
Rir dos outros é mangar
Se é franzino é xôxo
O bobo se chama leso
E o medroso chama frouxo
Tá estranho tá tronxo
Vai sair diz vou chegar
Caba sem dinheiro é liso
Pernilongo é muriçoca
Chicote se chama açoite
Quem entra sem licença emburaca
Sinal de espanto é vôte
Se tá folgado tá folote
Se a calça tá curta tá pega-bode
Quem tem sorte é cagado
Quem dá furo é fulero
Sujeira de olho é remela
Gente insistente é pegajosa
Agonia é aperreio
Meleca se chama catota
Gases se chamam bufa
Catinga de suor é inhaca
Mancha de pancada é roncha
Palhaçada é munganga
Desarrumado é malamanhado
Pessoa triste é borocoxô
É mesmo é Iapôis
Correr atrás de alguém é dar uma carrera
Passear é bater perna
Fofoca é babado resenha
Estouro se chama pipôco
Confusão é rolo
É assim mermo visse?
Eita troço arretado

.............


Eu sei que por trás desse universo de aparências, das diferenças todas, a esperança é preservada. Nas xícaras sujas de ontem, o café de cada manhã é servido. Mas existe uma palavra que eu não suporto ouvir e dela não me conformo. Eu acredito em tudo, mas eu quero você agora. Eu te amo pelas tuas faltas e pelo teu corpo marcado, pelas tuas cicatrizes, pelas tuas loucuras todas, minha vida. Eu amo as tuas mãos, mesmo que por causa delas eu não saiba o que fazer das minhas. Amo o teu jogo triste, as tuas roupas sujas é aqui em casa que eu lavo. Eu amo a tua alegria. Mesmo fora de si, eu te amo pela tua essência, até pelo que você poderia ter sido, se a maré das circunstâncias não tivesse te banhado nas águas do equívoco. Eu te amo nas horas infernais e na vida sem tempo, quando sozinha bordo mais uma toalha de fim de semana. Eu te amo pelas crianças e pelas futuras rugas. Te amo pelas tuas ilusões perdidas e pelos teus sonhos inúteis. Amo o teu sistema de vida e morte. Eu te amo pelo que se repete e que nunca é igual. Eu te amo pelas tuas entradas, saídas e bandeiras. Te amo desde os teus pés até o que te escapa. Eu te amo de alma pra alma e mais que as palavras, ainda que seja através delas que eu me defenda, quando digo que te amo mais que o silêncio dos momentos difíceis quando o próprio amor vacila.



Poema de autor desconhecido, declamado pela Maria Bethânia em Maricotinha ao Vivo, e cujos direitos autorais são reservados.

O AMOR ACABA



O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A minha pessoa



Eu odeio parecer grosseiro, porém se vir um quadro torto na parede, não pensarei duas vezes antes endireitá-lo.
Também não será de estranhar que eu abaixar o volume de sua TV. Hehe
Eu posso te dizer o quanto te odeio sem perder a classe e a educação.
Normalmente eu odeio escândalos e acho que não precisa gritar para se fazer entender. Não que eu não possa ser brigão ou encrenqueiro. A diferença é que eu sempre procurarei manter o equilíbrio antes de dar um soco no nariz de quem me deixou irritado!
Tenho um sorriso suave e radiante, do tipo que consegue derreter ♥
Se eu perceber que tem alguém de cara feia em um ambiente, bastará alguns minutos de papo, para esta mesma pessoa ficar envergonhada por ter sido tão carrancuda com comigo.
Eu sou assim mesmo: nunca fico esperando que façam amizade comigo, se eu poder adiantar e estender a mão para um aperto cordial! E normalmente os meus amigos adoram o meu jeito alto astral, minhas brincadeiras e minha capacidade para conversar sobre tudo, durante horas, desde futebol a política.( exemplo) odeio futebol.
Mesmo que eu não tenha conhecimento pelo assunto, sempre procurarei compreender o que dizem ao meu redor para dar minha opinião.
Apesar de viver em busca da harmonia, as vezes eu costumo exagerar na dose com as bebidas, comidas.
O meu caráter é dividido em bondade, delicadeza, justiça, argumentação, preguiça e indecisão! Não consigo tomar uma decisão sem antes pensar várias vezes no assunto.
Mas não se deixe enganar pelas aparências. Eu sempre demorarei uma eternidade para tomar uma decisão, e você só sabe que cheguei a uma conclusão quando percebe uma mudança em meu ânimo. Normalmente quando fico animado é por que já sai o que fazer.
Eu prefiro levar muito mais tempo para chegar a uma conclusão a ter que fazer uma escolha errada e passar semanas pensando no que deveria ter feito. E poucas pessoas conseguem fazer as coisas tão perfeitas quanto eu. Minha sensibilidade faz com que eu consiga tirar o melhor das coisas, seja no trabalho ou na arte.
Eu odeio o exagero e as demonstrações de raiva, tanto quanto as demonstrações de paixões alucinadas. Não pense que o eu ficarei emocionado se você gritar na rua que me ama, eu prefiro que me diga em meus ouvidos ou no quarto. Lembre-se que eu adoro tudo que é harmonioso.
Detesto ferir os sentimentos de quem quer que seja, mas mesmo assim ferirei até a alma se esta pessoa estiver disposta a machucar-me! Odeio dizer não, mas direi com tanta força que dificilmente voltarei atrás.
A capacidade para dizer o que passa em minha mente pode criar um certo mal estar em quem não conhece minha curiosidade. Mesmo com toda minha educação, não será difícil odiar-me quando eu começar a fazer perguntas que parecem não ter fim, sempre em busca de algo que você tenta esconder! Minha língua também não costuma ter freios quando costuma fazer aquelas perguntas que deixam as mulheres embaraçadas como perguntar se tingiu o cabelo, ou se comeu cebola no almoço.
Não se preocupe, eu não faz por mal, é apenas esta sua mania de querer entender todas as coisas do mundo!
se você me disser que alguém brigou com você, a primeira coisa que vou querer fazer é saber o que vcê fez para acontecer a briga. Isto não quer dizer que eu ache que a culpa é sua. Só estou querendo saber o que aconteceu para dar minha opinião sincera! Mas se a culpa foi sua, nem se iluda com a possibilidade de eu odiar a outra pessoa por sua causa.

FELICIDADE REALISTA




A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, porém, queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num SPA cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor... Não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
Ter um (a) parceiro(a) constante pode, ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser Feliz Solteiro, Feliz com uns romances ocasionais, Feliz com um (a) parceiro (a), Feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de Amor-Próprio.
(By Mário Quintana)



Fazes da Cachaça

1ª fase: A alegria - você começa a rir de coisas bobas
2ª fase: Negação - apesar de você estar pra lá de Bagdá, você continua falando que está sóbrio
3ª fase: Amizade - você começa a ficar amigo de todo mundo: do barman, do tio mendigo, dos inimigos ...
4ª fase: Cegueira - essa fase é muito perigosa pois nesse momento você já começa a achar todo mundo bonito
5ª fase: Invisível - nesse momento, você acha que está invisível e que ninguém está te vendo, portanto, faz cagadas achando que ninguém nem percebeu, quando na verdade todo mundo está te olhando!
6ª fase: Momento da verdade -perigoso pois você começa a dizer as verdades pra todo mundo.
7ª fase: Nostalgia - nesse momento você chora dizendo que todo mundo ali é seu amigo do peito e não sabe o que faria sem eles, é nessa fase também
que as pessoas começam a ligar para os EX namorados
8ª fase: Línguas - é a hora de falar inglês, espanhol, aramaico;
9ª fase: Depressão
10 ª fase: Depois de TODAS as merdas feitas, você nao se lembra de nada!

Algumas coisas que eu sempre faço ou fazia.



Ficar rabiscando alguma coisa enquanto fala no telefone;
Pausar a música por 1 minuto e 1 hora depois perceber que ela ainda tá pausada;
Todo fim de ano, dizer que o ano passou rápido;
Receber a prova, dar uma lida rápida por cima de todas as questões e pensar: FODEU!
Responder: “Não” quando alguém te pergunta “Tudo Bem? só pra ter assunto pra conversa;
Sempre quando está jogando vídeo game em uma parte muito importante sentir coçar o braço/nariz;
Falar para a mãe do meu amigo, que estava sem fome, mas estava com muita fome;
Apagar tudo que estava escrevendo, quando vê que a outra pessoa está digitando alguma coisa no MSN;
Ter sempre a última folha do caderno rabiscada;
Ficar comendo milho que sobra da pipoca;
Fazer moicano, no banho, com o cabelo cheio de espuma;
Lamber os dedos sujos de Doritos;
Sair do banho, notar que esqueceu a toalha e ficar gritando: 'manhêê'
Colocar de volta a pontinha do lápis quando ele quebra e não tem apontador ;

domingo, 13 de junho de 2010

Ele Falava Nisso Todo Dia

Nunca me fez diferença nem uma passar a noite do dia 12 de junho agarrado com alguém ou toda aquela ansiedade de esperar o presente, toda aquela ancia " o que será que irei ganhar?" " O que eu devo dar". Passar o um dia normal coma pessoa que se gosta isso num tem preço.Para todas as outras existe o dia dos namorados, data simbólica que representa todos os dias em um só... dia de ganhar presentes e de mostrar o que se sente por outro ser ( embora que maléfico ) é todo dia.
Final de semana OTIMO... Começou com beijo e depois os finalmente .. Quase 24 horas depois do primeiro beijo mas tudo bem... .Quando a noite vem nun verão assim abrem-se cortinas ,varandas, janelas, prazeres .... 11h30min alguém concentrado em mim,no espelho castanho dos olhos se ver finalidade sem fim, não me mostre todos os bichos que eu tenho de uma vez.






Ele falava nisso todo dia
A incerteza, a pobreza, a má sorte, quem sabe lá o que aconteceria?
A mulher, a filhinha, a família desamparada
Retrata a carreira frustrada de um homem de bem
Ele falava nisso todo dia
O seguro de vida, o pecúlio, era preciso toda a garantia
Se a mulher chora o corpo do marido
O seguro de vida, o pecúlio darão a certeza do dever cumprido
Ele falava nisso todo dia, ele falava nisso todo dia

Se morresse ainda forte um bom seguro era uma sorte pra família
A loteria, falava nisso todo dia
Era um rapaz de vinte e cinco anos, era um rapaz de vinte e cinco anos
Hoje ele morreu atropelado em frente à companhia de seguro
Oh! que futuro! Oh! Rapaz de vinte e cinco anos.






Fala baixinho só pra eu ouvir
Porque ninguém vai mesmo compreender
Que o nosso amor é bem maior
Que tudo aquilo que eles sentem
Eu acho até que eles nem sentem, não
Espalham coisas só pra disfarçar
Daí então porque se dar
Ouvidos a quem nem sabe gostar

Olha só, meu bem, quando estamos sós
O mundo até parece que foi feito pra nós dois
Tanto amor assim que é melhor guardar
Pois que os invejosos vão querer roubar
A sinceridade é que vale mais
Pode a humanidade se roer de desamor
Vamos só nós dois
Sem olhar pra trás
Sem termos que ligar pra mais ninguém...